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O que é um ortomosaico georreferenciado?

Atualizado: 5 de fev. de 2021

Entenda como esse produto cartográfico pode trazer de dados precisos sobre uma propriedade agrícola e sobre a plantação.




O ortomosaico é a base para todos os outros produtos gerados para a propriedade, como mapa de uso e ocupação do solo, mapa ambiental, de curvas de nível, de detecção de daninhas e pragas e até mesmo o mapa de aplicação de defensivos agrícolas.


É o que chamamos internamente na Altamap de “massa da pizza”. Sem o ortomosaico, não conseguimos gerar os outros mapas que são como as combinações de sabores da pizza.




O ortomosaico georreferenciado

Esse produto é gerado a partir da junção das ortofotos. Ortofotos são imagens de alta resolução captadas através de tecnologias de aerofotogrametria - no nosso caso utilizando drones. Essas imagens são captadas com GPS e pontos de controle no chão que servem de base para o trabalho de geração do ortomosaico.


O GPS e os GCPs (Ground Control Points) servem para determinar as posições dos objetos representados na imagem no mesmo lugar do plano real, o que significa que sua posição na imagem corresponde à sua posição geográfica no mundo.


Em outras palavras, uma ortofoto é uma fotografia que passou por correções de algumas distorções, como o deslocamento e a inclinação presentes no momento da captura da foto, que são eliminadas.


O ortomosaico é a composição dessas ortofotos, gerada pela aerofotogrametria, em um mapa. Unindo várias ortofotos, sobrepondo-as e corrigindo algumas falhas com base nesses pontos de controle obtidos por triangulação e aplicados no terreno, você cria um mosaico de imagens aéreas, o ortomosaico.


Isso é feito com softwares de processamento que usam o georreferenciamento das ortoimagens para sobrepô-las e gerar linhas de corte para uní-las de forma que centenas ou milhares de ortofotos se transformem em uma única imagem.


Simplificando o conceito do ortomosaico, é como se ele fosse um quebra cabeça montado a partir de várias peças georreferenciadas, as ortofotos.



“O ortomosaico é como uma quebra-cabeças e as ortofotos são as peças.”

O software que gera o ortomosaico faz isso utilizando um algoritmo chamado SiFT (scale-invariant feature transform) que realiza o reconhecimento de padrões - pontos em comum nas imagens - por meio da visão computacional.


Como eu falei no começo do artigo, o ortomosaico georreferenciado pode ser utilizado para várias finalidades como mapas temáticos, mapas de uso e ocupação do solo, locações, medições de área e distância de forma remota, avaliação de falhas em plantio em culturas anuais ou avaliação de reflorestamento, contagem de animais, entre outros.


Uma observação que não fiz ainda, mas que vale destacar: a ortofoto ou o ortomosaico não é a mesma coisa que uma foto retificada. A foto retificada é uma fotografia vertical com correção da inclinação da câmera, nada mais do que isso. A ortofoto é bem mais complexa e detalhada do que esse outro tipo de foto.




Como é feita a ortofoto?

A ortofoto é construída com base na transferência dos tons de cinza das imagens digitais captadas para uma imagem de saída - o ortomosaico - onde as feições são projetadas ortogonalmente, com uma escala constante, sendo algo geometricamente equivalente a uma carta.


Esse produto cartográfico é criado a partir da captação e processamento das imagens em softwares de processamento de imagens topográficas. Dentro do software são inseridas as imagens captadas, os parâmetros de orientação interior da câmera e exteriores usados em cada imagem.


Os parâmetros de orientação interior - também conhecidos como POI - são informações que auxiliam o software a determinar o feixe perspectivo da câmera que gerou as fotografias. As coordenadas necessárias são a distância focal (f), coordenadas do ponto principal (xo, yo), coeficientes da distorção radial simétrica (k1, k2, k3) e coeficientes da distorção descentrada (P1, P2).


Já os parâmetros de orientação exterior - os POE - são dados usados para reconstruir a posição e altitude de cada fotografia com base no referencial terrestre. As coordenadas utilizadas são as coordenadas dos centros perspectivos (CPs) e os ângulos de orientação (kappa, fi, omega) das imagens, que são disponibilizados nos logs de voo.


Esses parâmetros são essenciais para fazer a junção das imagens e criar o ortomosaico georreferenciado, pois eles ajudam a corrigir possíveis erros decorrentes da captação das imagens.




Benefícios do ortomosaico georreferenciado com drone

Um ortomosaico gerado com drone possui uma visualização extremamente nítida, com alta precisão de detalhes e de alta qualidade espacial dos objetos presentes na área mapeada - superior ao uso de imagens de satélite, por exemplo. Para se ter ideia, a resolução de pixels da foto e a precisão entre linhas de plantação podem chegar a centímetros de qualidade.


Isso quer dizer imagens de satélite não servem para nada? Não. Imagens de satélite têm sua finalidade e sua indicação para outras atividades. Os drones geram a possibilidade de captação com mais precisão e com zero chance de interferência de nuvens, por exemplo.


Mas voltando à questão do ortomosaico, trouxe alguns dos principais benefícios da geração deste mapa com um drone para o seu trabalho como consultor agrônomo:


  • Redução de custos

  • Riqueza nos detalhes

  • Precisão de imagens feitas com o uso de drone

  • Rapidez na captação das imagens

  • Eficiência na geração dos mapas


É ele quem vai nos permitir gerar mapas de falhas de plantio e Índice Foliar Verde (IFV) que apontam, por meio de comparação, as áreas do talhão que estão cobertas ou descobertas, por exemplo. Essas informações são extremamente úteis para uma análise do desempenho da plantação e do que precisa ser feito para melhorar a produtividade da lavoura.


 

Agora você já sabe o que é um ortomosaico georreferenciado e como ele pode contribuir para o seu trabalho como consultor agrônomo. Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a Altamap.


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